Teoria Interseccional
Vivemos em um mundo que é construído através de aprendizados e lutas contra a dominação e exploração de um sistema colonial escravista, patriarcal e patrimonialista, que vem passando de geração a geração, é uma forma de resistência, assim como o Feminismo Negro. Surge o conceito de Interseccionalidade, que foi criado pela professora estadunidense Kimberlé Williams Crenshaw, cientista nas áreas de raça e gênero. Ela o formulou após conhecer a história de uma mulher americana que não conseguiu processar uma empresa por dois tipos de discriminação: ser mulher e negra. Quem não conhece esse termo, pode-se imaginar que a interseccionalidade é sobre inúmeras identidades, entretanto, ela é uma forma crítica sobre o contato estrutural em seus efeitos políticos e legais. Á necessidade de estudar as sobreposições entre raça e gênero para entender de forma adequada certas formas de discriminação que as teorias até então não tratavam bem.
Um movimento que está se tornando muito forte no país que se chama “Black Lives Matter“, que em português significa "Vidas Negras Importam". O Brasil é o país que mais mata negros se comparada com os Estados Unidos, e sociedade continua sendo racista, a hipocrisia eminente onde o negro é vítima de algum tipo de preconceito e inferiorizado, como o rapaz negro que morreu por ser espancado até a morte por seguranças em um supermercado, o ano de 2020 ficou marcado por uma luta muito importante em busca de respeito pela vida. Será que a vida do negro não importa? Hoje, a sociedade tende a esperar pela tragédia para abrir os olhos, certos acontecimentos que muitas vezes não são divulgados, com isso vem a busca pela mudança, contra toda forma de exclusão, mostrar que toda vida negra importa sim, é algo que não vem de agora.
Portanto, os movimentos sociais foram e são sinônimo de força e que podem produzir avanços na sociedade de modo geral. A partir deles, diversos movimentos reivindicam direitos que contemplam não apenas o individual, mas o coletivo. O lugar de fala, se mostra na sua essência, a consciência do papel do indivíduo nas lutas, criando uma lucidez de quando você é o protagonista ou coadjuvante no cenário de discussão. O Movimento feminista por exemplo, lutam contra a opressão e dominação, apesar de ser uma luta particular, beneficia a todas que sofrem ou se sentem violadas, porque produz uma relação de igualdade. Todos esses movimentos tem seus ciclos e se ligam a conjuntura, certas conjunturas influenciam a ação desses movimentos e com isso conseguem fazer pressão sobre o Estado para implementação de políticas públicas de direitos sociais.
Referências:
AKOTIRENE, Carla. Interseccionalidade. São Paulo: Sueli Carneiro/Ed. Jandaíra, 2020.
Kimberle Crenshaw - A urgência da interseccionalidade. Videografia Disponível em:https://www.youtube.com/watch?v=vQccQnBGxHU Acesso em: 14/08/2021
Pires. Breiller. ‘Vidas negras importam’ chacoalha brasileiros entorpecidos pela rotina de violência racista. São Paulo - 07 JUN 2020. Disponível em: https://brasil.elpais.com/brasil/2020-06-06/vidas-negras-importam-chacoalha-parcela-de-brasileiros-entorpecida-pela-rotina-de-violencia-racista.html.
Acesso em: 14/08/2021
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